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Sem categoria Gustavo

Como funciona a mineração de criptomoedas?

Entre os vários processos que existem nas criptomoedas, a mineração é, sem dúvida, o mais importante deles. Apesar do nome, a mineração de criptomoedas não tem a ver com a mineração do mundo real, mas há algumas semelhanças entre ambos. 

Nas criptomoedas, a mineração é o processo em que novas unidades de criptomoedas são desenvolvidas e transações são verificadas e inseridas em uma blockchain. É um aspecto fundamental do funcionamento de muitas criptomoedas, incluindo Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH), que possuem formas diferentes de executar a mineração. 

Sim, a mineração não é um processo uniforme e existem maneiras distintas de executá-la. Neste texto, exploraremos como funciona a mineração de criptomoedas, os equipamentos e os recursos necessários, e os desafios enfrentados pelos mineradores.

O que é a mineração?

A mineração de criptomoedas é um processo computacional que envolve máquinas dedicadas a essa atividade. Ela também requer uso intensivo de poder de processamento e de eletricidade, no qual os mineradores competem para buscar a solução de um código que vai resultar em um bloco de transações. 

Esses problemas são específicos para exigir uma quantidade significativa de poder de computação para serem resolvidos, mas são simples de verificar, uma vez resolvidos. Ao serem solucionados, o minerador que resolve o problema encontra o “hash”, que funciona como um identificador do bloco.

Qualquer pessoa pode verificar um hash com grande facilidade, embora seja difícil descobri-lo. Por isso, se um minerador tentar fraudar um hash, a rede logo identifica essa fraude e rejeita o bloco falso. Quando isso acontece, o minerador terá desperdiçado energia e poder computacional à toa.

Prova de trabalho (PoW)

Esse processo de resolução de problemas é conhecido como “prova de trabalho”, ou Proof of Work (PoW), e é um dos tipos de mineração existentes. O BTC utiliza a mineração via PoW, assim como Monero (XMR), Kaspa (KAS) e outras criptomoedas.

Os mineradores de criptomoedas que utilizam PoW mineram por meio de um hardware especializado, como os Chips Integrados de Aplicação Específica, conhecidos como ASICs. Estes possuem um elevado poder de cálculo e têm como única função a mineração. O Bitcoin utiliza exclusivamente esses chips.

Já os chips gráficos, ou GPUs, possuem um poder de processamento menor e servem para minerar criptomoedas com redes menores. A KAS, por exemplo, utiliza esses chips, e o Ethereum também utilizou-os até setembro de 2022, quando sua mineração mudou para Prova de Participação (PoS). 

No PoW, essas máquinas competem umas contra as outras para encontrar uma solução para o problema matemático, conhecido como “hash”, que está associado ao próximo bloco de transações na blockchain. O primeiro minerador a encontrar a solução correta é recompensado com uma quantidade fixa de criptomoedas, além de taxas de transação.

Prova de participação (PoS)

Porém, existe outro tipo de mineração conhecida como PoS, ou Prova de Participação. Enquanto o PoW exige que os mineradores resolvam problemas computacionais complexos para adicionar blocos à blockchain e receber recompensas, o PoS utiliza uma abordagem diferente.

Esta consiste não no uso de máquinas potentes e energia, mas, sim, na escolha para criar novos blocos. Ou seja, o sistema de PoS escolhe um determinado participante da rede para validar cada bloco, e este ganha a recompensa da validação mais as taxas da rede.

Para definir quem validará o bloco, a escolha se dá com base na quantidade de moeda que possuem e estão desejosos a “apostar” (staking) como garantia. Quanto mais criptomoedas alguém deixa em staking, maiores são as chances dessa pessoa ganhar.

Vantagens e desvantagens

Os modelos PoW e PoS trazem abordagens diferentes para a mineração, mas também possuem desafios diferentes. 

Um dos argumentos contra a mineração via PoW é sobre a quantidade significativa de energia que as máquinas gastam, devido ao poder de computação necessário para resolver os problemas matemáticos. Isso levanta preocupações sobre o impacto ambiental da mineração, especialmente quando grande parte da energia utilizada é proveniente de fontes não renováveis. 

Nesse sentido, os críticos afirmam que o sistema PoS é mais vantajoso, pois não requer o uso de máquinas nem de grandes quantidades de eletricidade. Por isso, ele prejudica menos o meio ambiente.

Só que apesar de suas vantagens, a mineração via PoS também enfrenta desafios, e o maior deles é a distribuição desigual de riqueza. Como no PoS, quem tem mais moedas tem mais chance de validar os blocos, os participantes com mais moeda têm mais poder de mineração e influência na rede, prejudicando os demais.

Além disso, há questões em torno da descentralização e da resistência a ataques, que estão sendo abordadas por meio de diferentes protocolos de PoS e aprimoramentos na tecnologia. No entanto, a mineração de criptomoedas segue avançando para enfrentar e solucionar os desafios impostos.

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